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A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DO GESTOR NA GRÁFICA FAMILIAR

No momento em que o Brasil passa por momentos difíceis, investidores em especial no segmento de pequenas e médias empresas, o dilema da profissionalização e conhecimentos do gestor, aparece com muita força.

O investidor busca essencialmente empresas que tenham um bom potencial de crescimento. O nível de transparência e as boas praticas de gestão da empresa também são levados em consideração na hora de investir, já que, geralmente, o investidor é avesso a risco. Adotar boas práticas está diretamente ligado à capacidade de crescimento sustentado e à própria perenidade do negócio. Ou seja, é uma questão de sobrevivência e crescimento.

Principalmente em gráficas familiares, a necessidade de profissionalização de gestão é evidente. Estima-se que apenas 10% das empresas familiares no nosso ramo, sobrevivem à terceira geração. Na maioria dos casos, o desaparecimento está ligado diretamente a conflitos entre os familiares e a ausência de uma profissionalização da gestão. A história mostra uma série de exemplos de empresas familiares de médio porte que não adotaram boas práticas de gestão - ou não sofreram um processo de profissionalização - e acabaram desaparecendo mesmo antes de se tornarem realmente grandes.
 
Algumas medidas simples podem ajudar a evitar este tipo de cenário. Considerando especificamente as empresas de gestão familiar, planejar a sucessão com antecedência, criar um conselho com integrantes externos e definir, inclusive, um ‘acordo de família’ são pontos que podem garantir a sobrevivência da companhia. Um Coach ou mesmo um bom consultor, pode ajudar, e muito, neste “imbróglio”.  Vamos a um exemplo real destes dias:

VOCÊ JÁ DEFINIU SUAS METAS PARA 2016 / 2017?

Faz parte do planejamento estratégico de uma empresa definir metas para cada ano. Estes objetivos podem ser divididos em mensais, bimestrais, semestrais, etc., a depender da dificuldade em atingi-los e contando também com todas as ações paralelas necessárias para conquistar cada um. Estabelecer metas é sempre importante, afinal é sabendo aonde a empresa quer chegar que é possível realizar ações voltadas para isto. Mas a pergunta correta não é “por que estabelecer metas” e sim “como estabelecê-las”. A sua gráfica sabe definir metas?

O erro de boa parte das gráficas é olhar somente para si no momento de planejar as próprias ações. Pensar estrategicamente a fim de obter resultados relevantes e satisfatórios é levar em conta o momento nacional e mundial de mercado e tirar disto as possibilidades para planejar os caminhos mais efetivos e seguros de atingimento de metas e destaque mercadológico.

Cada ramo, inclusive o nosso, vive um momento diferente no que se refere à economia, e é justamente por isso que não se pode afirmar que “tudo vai mal”. Muitas vertentes de negócio e, por consequência, muitas empresas, têm crescido nos tempos de crise. E este crescimento se dá justamente pela atenção dada ao contexto, o que possibilita fazer as apostas certas e minimizar os efeitos indesejados.

Infelizmente, o eventual sucesso presente de uma empresa não garante o seu sucesso futuro. Isso significa que, mesmo que a sua empresa tenha liquidez e esteja crescendo, ela não está a salvo de uma crise.

Seja esta crise um problema financeiro interno, por falta de pagamento de clientes, ou um problema global, como uma crise financeira que vira e mexe abala a economia de países e empresas, um administrador precisa saber o que fazer nesse cenário.

Como podemos ver, nem sempre a gestão da empresa é responsável pelos problemas e desafios que ela enfrenta. Na verdade, quanto mais o gestor da gráfica estiver preparado, possuindo dentro de sua empresa um BOM SISTEMA DE GESTÃO GRÁFICA, possivelmente com programas de “Business Intelligence” (já existente no Brasil), inclusive visitando palestras, seminários feiras e, principalmente se informando do que acontece no seu mercado, através da leitura constante de jornais e revistas especializadas, ele terá ferramentas em mãos para antever crises e mudar o rumo de sua gestão dentro da empresa.

A probabilidade de uma gráfica de pequeno e médio porte crescer, se desenvolver e perenizar sem a adoção de praticas de gestão é extremamente baixa. Ainda mais com a globalização,  a informatização da receita federal – que impede qualquer tipo de alteração de dados fiscais -, o crescimento de uma empresa, a atratividade para possíveis investidores e o ganho de competitividade estão diretamente ligados à gestão. E, para ser eficiente, a gestão precisa ser realmente profissional.

O que acabo de narrar, infelizmente não é blá, blá, blá, sendo a mais pura realidade que tenho acompanhado de norte a sul do nosso Brasil. Não adianta somente criticar o governo, que neste momento mais atrapalha do que ajuda. Se, no entanto, nós empresários e gestores gráficos, tomarmos uma ATITUDE para com o que acontece em nossas empresas, sairemos de mais uma crise, sem ficar pelo caminho.

A todos boa sorte, sucesso e um ano rico em experiências e bons resultados.

 

*Thomaz Caspary é Consultor de empresas, Coach e diretor da Printconsult Ltda. – O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. – (11) 3167-6939.